No epicentro da atrocidade que deu luz à barbaridade dos que se dignam proclamar-se como civilizados, brota hidrogênio de onde menos se esperava, enquanto a falta de gás, empurra de volta ao berço da humanidade os auto proclamados “Civilizados”.
Seguindo as pegadas da Itália, que enxergou em Angola, um potencial parceiro para substituir o gás Russo, esteve em Angola uma delegação Alemã em busca de um parceiro para produção e consequente exportação de hidrogênio verde.
A terminologia Hidrogênio Verde, é usada para referir-se a geração de Hidrogênio, por meio da eletrólise. Isso porque o processo de eletrólise pode usar energia de fontes renováveis e não apenas fósseis. Em outros termos, o hidrogênio verde é o termo que se usa, quando o hidrogênio é separado por meio da eletrólise, usando uma fonte de energia renovável. Saiba mais aqui.
A delegação Alemã esteve representada pelas empresas Gauff Engenharia e Conjuncta, que em comunhão com a Sonangol, empresa Angolana com equivalência à Petrobrás, formaram um consórcio, com o objetivo de produzir hidrogênio verde a partir de 2024 em Angola.
A materialização do consórcio, passará pela criação de um Hub de produção de hidrogênio verde, conforme memorando de entendimento assinado por Liebing, da delegação Alemã, e Diamantino Pedro Azedo, Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola.
O diretor executivo da consultora Conjuncta, Stefan Liebing, garantiu que o potencial de produção de Hidrogênio verde em Angola é satisfatório para ajudar o seu país na redução da dependência do gás Russo. Soma-se a competitividade deste potencial, o Porto da Barra do Dande, em fase de construção no momento, que reunirá a infraestrutura necessária para a exportação de hidrogênio verde em forma de amônia.
Quanto à fonte sustentável de energia, que será usada no processo de eletrólise, no mercado Angolano, encontra-se instalada uma capacidade de geração de energia de fonte hidrelétrica para dar sustentabilidade ao projeto. Para além da abundância da água em Angola, que evita o processo de dessalinização, conforme apontado por Stefan Tavares Bollow, também integrante da delegação Alemã.
Quanto ao hidrogênio verde, substituir o petróleo no mercado Angolano, é um processo em construção que poderá materializar-se nas próximas gerações. Pois, como bem referido por Diamantino Azevedo “O investimento em energias renováveis não implica o abandono do petróleo em Angola”.
Vale lembrar que a República de Angola é um país da costa ocidental de África, cujo território principal é limitado a norte e a nordeste pela República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia, e a oeste pelo Oceano Atlântico. Inclui também o enclave de Cabinda, através do qual faz fronteira com a República do Congo, a norte. Para além dos vizinhos já mencionados, Angola é o país mais próximo da colônia britânica de Santa Helena. Angola foi colonizada pelos portugueses no século XV e tornou-se uma república independente desde 11 de Novembro de 1975.
Redação: Timóteo de Sousa
Fonte: DW