Marrocos recupera fósseis e artefatos traficados

Durante a apresentação do importante fóssil de crocodilo no Jardim Zoológico de Rabat, em Marrocos, país pertencente ao continente africano, o ministro da Cultura e Comunicação do país, Mehdi Bensaid, prometeu proteger o patrimônio marroquino e combater o tráfico ilícito de bens culturais. O fóssil de crocodilo foi contrabandeado e encontrado nos Estados Unidos da América, junto com outros sete mil artefatos que foram apreendidos e devolvidos ao Marrocos, com base no acordo bilateral entre os dois países.

Com a França, país europeu, o Marrocos também firmou compromissos internacionais para formar uma frente unida contra o tráfico ilícito de bens culturais. O embaixador do Marrocos na França, Chakib Benmoussa, destacou a extrema importância no combate a essa situação entre os dois Estados. Durante uma reunião com o responsável do ministério francês, Benmoussa destacou que o Marrocos, em 2021, recuperou um total de 25.000 artefatos geológicos, arqueológicos e etnográficos, muitos deles datados de períodos pré-históricos e originários da região do Anti-Atlas e das províncias do sul. No ano anterior, em 2020, foram 25.500 o total de artefatos e fósseis raros recuperados pelo Marrocos na França, sob a orientação da convenção da UNESCO de 1970.  

Ao recordar da descoberta do Homo Sapiens mais antigo em Jebel Irhoud, em 2017, o embaixador salientou que o Marrocos está a revelar-se uma fonte inesgotável de descobertas para a comunidade científica.

Com a recuperação desses fósseis, o Ministério da Cultura marroquino garante que vai continuar com a preservação e recuperação do patrimônio nacional, no âmbito da convenção da UNESCO sobre os meios de proibir e prevenir a importação, exportação e transferência ilícitas de bens culturais.

Em 2021, cientistas de diversas nacionalidades registaram várias descobertas importantes no Marrocos, incluindo um fóssil de dinossauro de 163 milhões de anos; um fóssil de celacanto de 66 milhões de anos; um fóssil de macaco de 2,5 milhões de anos; e um fóssil de planta rara que data do final do devoniano, de 419,2 milhões a 358,9 milhões de anos atrás. Por isso, o Marrocos é considerado o país africano com mais espécies descobertas, que refletem a rica história do território marroquino e permitem aos cientistas entender um pouco sobre a vida dos antigos habitantes da região, bem como a mudança da diversidade biológica ao longo do tempo.

Vale recordar que o Marrocos é um país localizado no norte da África, mais especificamente no noroeste, na região denominada Magreb. A geografia do Marrocos tem um interior montanhoso, grandes extensões de deserto e um longo litoral no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo. Marrocos tem uma população aproximada de 34 milhões de pessoas e uma área de 446.550 quilômetros quadrados. Sua capital é Rabat e a maior cidade é Casablanca. Marrocos foi colonizado por Portugal e Espanha no século XV, pela França no século XIX e tornou-se independente em 1956. As línguas oficiais são o árabe e o berbere; o francês é amplamente utilizado.

Redação: Timóteo de Sousa

Fonte: Marrocos World News

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