Sadio Mané: uma estrela além do gramado 

O jogador senegalês Sadio Mané recentemente assinou um novo contrato de três anos com o Futebol Clube Bayern München, da Alemanha. Sadio é considerado pelo povo senegalês um ídolo humilde devido aos grandes feitos na sua terra natal, a cidade de Sédhiou, no Senegal. 

Sua jornada começou caminhando 800 quilômetros, desde Sédhiou até Dakar, capital do Senegal, para os testes de admissão no Génération Foot, o clube que já formou outros jogadores de renome do futebol senegalês, como Diafra Saho e Papiss Cissé.

Com as boas prestações mostradas na equipa, Mané ganhou asas para o Metz, de França, clube parceiro do Generation. Do Metz escalou para o Red Bull Salzburg em 2012, conquistando o Campeonato Austríaco na temporada 2013-2014. Sua dedicação o levou, logo em seguida, ao pódio da Liga dos Campeões da Europa pelo Liverpool em 2015, clube em que permaneceu até este ano.

 Como bom africano que ama um desafio, Sadio Mané, no auge dos seus 30 anos, representa agora o Bayern de München, clube em que ficará até 2025, num contrato assinado por 32 milhões de Euros. 

A história de vida de Sadio até o seu sucesso no futebol está narrada no documentário “Sadio Mané: made in Senegal”, que no Brasil foi exibido pelo canal SporTV. No filme o jogador declara que não precisa exibir carros de luxos, mansões, viagens, nem aviões, mas prefere compartilhar sua riqueza, para que o seu povo receba um pouco do que a vida lhe deu. 

É por isso que o estrelato de Mané está além das 4 linhas do gramado. Os investimentos que ele tem feito para desenvolver a sua cidade, Sédhiou, demonstram a sua grandeza. Foram construídos uma escola e um hospital, que promovem formação e assistência à saúde. E, claro, não poderia faltar uma escolinha de futebol, para difundir os benefícios do esporte e ainda revelar os talentos locais. No combate à pandemia do covid não foi diferente: doou 40 mil libras ao governo senegalês para ajudar a parar o coronavírus no país. E ainda realiza um gesto de Robin Hood, enviando 70 euros por mês para cada pessoa pobre que vive na sua comunidade.

Muito além da tese de Katiuscia Ribeiro de que o “futuro é ancestral”, Mané, juntamente com seus compatriotas que realizam ações semelhantes – veja sobre o músico Akon e seus investimentos para edificar uma cidade futurista inspirada no Pantera Negra – têm demonstrado que o futuro se fará com investimentos que virão, em grande parte, dos próprios africanos espalhados pelo mundo. 

Vale lembrar que o país do atleta está localizado na África ocidental. Senegal faz fronteira com o Oceano Atlântico a oeste; com Mauritânia ao norte e ao leste; com Mali a leste; e com Guiné e Guiné-Bissau ao sul. O clima no Senegal é tropical e seco com duas estações predominantes: a estação seca e a estação chuvosa. O Senegal foi colonizado no século XVII pelos franceses e tornou-se uma república independente em abril de 1960. O francês é a língua oficial do país, enquanto que o uolofe é a língua mais falada. Senegal é um país laico, mas o islamismo é a religião predominante.

Redação: Timóteo de Sousa

Fonte: SportTV

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