A República Democrática do Congo é um país do continente africano que viveu muitos anos de conflitos armados e turbulência política em sua história, devido a disputas por exploração de recursos naturais entre países do continente europeu. Na Conferência de Berlim, evento decisivo no domínio colonialista das potências europeias sobre o continente africano, em 1884, dirigido por Otto von Bismarck, o território do Congo foi uma das grandes pautas, devido a importância de sua bacia hidrográfica para as navegações. A bacia do rio Congo é a segunda maior bacia hidrográfica do mundo, sendo a primeira a bacia do rio Amazonas, localizada na América do Sul.
Com importantes riquezas naturais, principalmente minérios, a República Democrática do Congo ocupa hoje a posição 183, de um total de 190 economias, no relatório da Doing Business de 2020 do Banco Mundial, considerando que o ambiente comercial do país é geralmente desafiador.
James Mwangi, grande investidor, dono da Equity Group Holdings, empresa bancária sediada no Quênia, país pertencente ao continente africano, acredita que a República Democrática do Congo tem potencial para ter sucesso na área de negócios.
Na entrevista dirigida pela África CEO Forum, realizada em Abidjan, capital da Costa do Marfim (também país do continente africano), James Mwangi fez menção às grandes reservas de cobalto existentes na República Democrática do Congo: 70% dos depósitos de cobalto do mundo estão nesse país. O cobalto é um metal usado em baterias de íons de lítio, as baterias presentes no nosso cotidiano que alimentam praticamente tudo, desde telefones celulares a carros elétricos.
Mwangi considerou também que existem terras férteis para produção de produtos agrícolas na República Democrática do Congo, e deu a entender aos empresários presentes na conferência, de várias nacionalidades, que o país sozinho poderia resolver grande parte da atual inflação de alimentos do mundo.
Outro grande potencial da República Democrática do Congo é na produção de energia hidrelétrica. Com o projeto Grand Inga Dam, de construção de barragens no rio Congo, o país poderá gerar cerca de 40.000 megawatts de energia, tornando-se, nos próximos anos, o país iluminador de toda África com hidroeletricidade.
Vale lembrar que a República Democrática do Congo é um país da África central, o segundo maior país da África em área, superado apenas pela Argélia. Faz fronteira a norte com a República Centro-Africana e com o Sudão do Sul; a leste com Uganda, Ruanda, Burundi e Tanzânia; a leste e a sul com Zâmbia; a sul com Angola; e a oeste com o Oceano Atlântico, com a República do Congo e com o enclave de Cabinda (Angola). A República Democrática do Congo foi colonizada no século XV pela Bélgica e em 1960 tornou-se independente. A sua língua oficial é o francês, e o lingala é a língua mais falada no país. A capital e maior cidade do país é Kinshasa.
Redação: Timóteo de Sousa
Fonte: África CEO Forum