Depois da criação da Zona Econômica Especial para Economia Marítima, em 2019, que já atraiu várias empresas a nível mundial, como por exemplo, a empresa China Life Insurance Company, desenvolvendo consideravelmente o setor da pesca no país, agora o governo cabo-verdiano vai criar a segunda Zona Econômica Especial, desta vez para o setor de tecnologia. O objetivo principal é atrair um grande número de empresas estrangeiras para investirem no país no setor da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
O termo Zona Econômica Especial designa uma região geográfica que apresenta uma legislação de direito econômico e direito tributário diferente do restante do país. Essa legislação diferenciada visa atrair capital interno e estrangeiro (investimentos) para incentivar o desenvolvimento econômico da região. Saiba mais aqui.
O vice-primeiro-ministro do país, Olavo Correia, garantiu que esta iniciativa da criação da Zona Econômica Especial para o setor Tecnológico (ZEET) vai ajudar substancialmente na produção de serviços e vendas para o resto do mundo. Ou seja, o Parque Tecnológico de Cabo Verde terá que captar o interesse do mercado regional e internacional e do investimento direto estrangeiro, de modo a contribuir para o seu crescimento, consolidação e credibilização internacional.
A lei que vai regulamentar a Zona Econômica Especial para o setor Tecnológico foi aprovada no passado mês de Abril, em reunião do Conselho de Ministros. A lei prevê que o modelo de zonas econômicas especiais conceda benefícios fiscais e outras facilidades para os investidores estrangeiros.
Olavo Correia disse ainda que, com estas iniciativas, vão se criar oportunidades para talentos cabo-verdianos que atuam no setor das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), no sentido de criar soluções aos centros tecnológicos do país. «Vamos mostrar que um hub tecnológico na Cidade de Praia, com uma extensão em São Vicente, vai permitir que Cabo Verde seja uma referência na sub-região Africana, em termos de criação de condições para os talentos», reforçou o ministro.
Com o surgimento da nova ZEET, achou-se por bem associar a empresa pública Techpark CV, para construção do centro de negócios, de incubação e centro de dados, bem como de empreendimentos imobiliários tecnológicos, na Cidade de Praia e do Mindelo. A empresa Techpark CV é uma sociedade de capitais públicos, com um capital de quase um milhão de euros. Sua construção foi aprovada em Setembro de 2020, por um decreto-lei do governo cabo-verdiano.
Por fim, uma nota do governo descreveu que a missão da empresa estatal é instalar e promover o desenvolvimento do Parque Tecnológico de Cabo Verde, assim como facilitar a criação e o crescimento de empresas inovadoras, e ainda oferecer outros serviços de maior valor agregado, como espaços e instalações de elevados padrões de qualidade.
De recordar que Cabo Verde é um país insular, ou seja, um arquipélago, no oceano Atlântico Central, formado por dez ilhas (Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, São Nicolau, Santiago, Fogo, Brava, Maio, Boavista e Sal). As ilhas de Cabo Verde fazem parte da ecorregião da Macaronésia, juntamente com os Açores, as Ilhas Canárias, a Madeira e as Ilhas Selvagens. Cabo Verde foi colonizado pelos portugueses no século XV e tornou-se uma república independente em 1975. O português é a língua oficial do país, enquanto que o crioulo é a língua materna e a mais falada pela população. As maiores cidades são Cidade de Praia (ou Praia), a capital, localizada na ilha de Santiago, e Mindelo, localizada na ilha de São Vicente.
Fonte: LUSA
Redação: Timóteo de Sousa